10 de maio de 2016

A vida é bela
Por Debora Evangelista


O mundo dá tantas voltas que nem sempre é oportuno posicionar-se de maneira radical sobre qualquer coisa manifestada nesta Terra. Porque em um mesmo dia, algo que lhe fez muito bem pode não cair tão bem mais tarde. E nesta lista encontram-se pessoas, atitudes, situações e toda a gama de citações que congestionam o seu sistema bioenergético. Por este motivo, hoje tudo pode parecer muito efêmero, sem profundidade, descartável ou mesmo excessivo, custoso, pesado. Estes excessos ou carências causam uma situação muito comum, um tipo de síndrome de abstinência de vida, onde a virtualidade sobrepuja a realidade e a comunicação no agora, aquela de olho no olho, de coração para coração, desaparece na pressa dos teclados e dos recados falados e dos símbolos projetados na tela iluminada do outro. Mas não se trata de denegrir ou abdicar da maravilha do virtual, afinal este texto e tantas outras informações são veiculados por esta via, de outra forma seria limitado. Aqui, trata-se de buscar assentar-se em bases naturais, profundas, fundamentais, onde a virtualidade seja apenas como uma janela da qual vez ou outra contemplam-se algumas possibilidades e saberes. Sentir-se em casa, promover uma ambiência positiva, leve, sutil, dar atenção a tudo que está a seu lado, viver o agora, cantar, cozinhar, plantar, conversar, silenciar, exercitar, dançar, desenhar, podem ser ações muito saudáveis. Estas ações o trarão de volta para aquela sensação de aconchego, de segurança, de amorosidade que nem sempre consegue sentir quando o dia acaba e você tenta desligar a mente das inúmeras notícias, dicas, previsões, aconselhamentos e modas. Embora úteis, a maioria das informações é um grande resíduo de dejetos mentais coletivos. Faça a sua conexão e navegue pela vida a partir da presença. Infinitas possibilidades o aguardam ao alcance de seus olhos. É olhar além e perceber... A vida é bela! Lindo dia!


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