28 de julho de 2016

Sabedoria silenciosa
Por Debora Evangelista


Algumas vezes, aquilo que você considera como um erro recorrente é apenas um sinal de que você precisa adotar um posicionamento diferente. A aprendizagem de vida acontece assim, por meio de experiências, os chamados “erros e acertos” onde as situações envolvidas carecem de ajustes, de sintonia fina. Existe uma sabedoria silenciosa, uma inteligência que caminha à sua frente abrindo portais de consciência, evitando perigos, atraindo oportunidades. Pode ser muito frustrante a tentativa de insistir em fazer morada em situações e relacionamentos que não estejam em acordo com sua natureza e evolução. Algumas vezes por algum motivo ou ilusão algo é eleito como melhor ou como um grande desafio a ser conquistado. Esta pode ser mais uma armadilha do ego buscando satisfação no futuro. A interpretação equivocada das situações e o apego aos resultados que se não satisfeitos se traduzem na forma de sentimento de inferioridade ou inadequação é o combustível que alimenta o ciclo que se repete. O fato de sentir-se tão inapto causa um efeito nocivo para a autoestima e bloqueia a consciência da inteligência que trabalha a seu favor. Quando você deixa de ser você mesmo, quando se encontra em caminhos que não estão em harmonia com aquilo que vibra em sua essência, a dor, o sofrimento, o desconforto, a inadequação e a hostilidade surgem sinalizando que você precisa mudar de direção. Isto significa posicionar-se, aceitar o redirecionamento, agir com criatividade. Você estará apto a abandonar as velhas histórias e repetições quando perceber que elas sempre retornam em muitas vestes, mas que a lição essencial se encontra em saber fluir nos acontecimentos. A transcendência acontece quando você abre a mão das interpretações, abdica do controle excessivo e adere ao fluir da vida. Lindo dia!

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Formas e dosagens
Por Débora Evangelista



A única forma de abdicar do sofrimento é desapegar dos resultados, das fórmulas prontas, das receitas, dos medos, dos afetos e da necessidade de ser aceito. Ampliar a visão para ter a correta percepção que vem do sutil e não do ego é um passo muito importante na vida daquele que caminha rumo a uma nova consciência. Desapegar não significa descartar, jogar fora, mas entender que tudo se transforma, alterando formas e dosagens em todas as situações vividas. Buscar a segurança por meio da cristalização e da imobilidade que a posse sugere e escraviza não é a melhor forma de sentir-se seguro e acolhido. A segurança vem justamente em sentir-se fluído e confiante sabendo que aconteça o que acontecer, o pulsar gentil da espiritualidade acolhe, mantém, cura e provê tudo o que for necessário e a seu tempo trazendo o recurso, a fórmula, o afeto, a aceitação e a coragem de que você necessita. Nem antes e nem depois, apenas no momento certo. Liberto do sentimento de posse, todas as relações, situações e eventos serão acolhidos com amor e liberdade. Lindo dia!


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Prática da semana: Voltando para casa



Hoje vou compartilhar uma prática que recebi de um mestre taoísta. Ela é simples de fazer e oferece bons resultados. Por alguns instantes procure prestar atenção em sua respiração e permita que por alguns minutos você simplesmente observe a entrada e saída de ar pelas narinas, bem como os espaços de pausa entre a inspiração e a expiração. Então leve a sua atenção para suas mãos, pés e umbigo. Você pode fletir as mãos e os pés e levar o umbigo como de encontro à coluna, contraindo suavemente o abdômen. Faça isto algumas vezes. Este exercício tem o nome de "voltando para casa". É uma forma de você conectar-se ao seu corpo, ao aqui e agora e ao presente e deixar a excessiva bagagem de lado. Comprove... Sua percepção estará mais clara e você poderá continuar suas atividades com mais consciência e tranquilidade levando apenas o essencial. Namastê!


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