25 de março de 2009

Qualidade de Vida - Organizações

Prosseguindo com a série de artigos sobre qualidade de vida nas organizações, poderemos evidenciar a importância do trabalho sobre si mesmo. O processo Life Coach permite que o indivíduo obtenha informações práticas e estratégias individuais melhorando sua performance pessoal e profissional.


A Era do Conhecimento e da Sabedoria

por: Débora Roberta Evangelista


Nunca, em toda a história de nossa humanidade houve um período como o atual, em que foram disponibilizados tantos recursos para o processamento e troca de informações.O conhecimento, a tecnologia da informação e o capital intelectual tornaram-se os ativos mais valiosos para as organizações.
A quantidade e velocidade de informações disponibilizadas diariamente são tão grandes que a maioria delas necessitam de processamento e interpretação.Essa informação tratada e contextualizada deverá então se transformar em conhecimento e ser compartilhado por toda a organização, gerando e agregando novas oportunidades de negócios e recursos.
Como se trata de um valor intangível, a gestão do conhecimento ainda causa uma série de questionamentos: como gerir o conhecimento? Como protegê-lo de riscos? Como gerir o capital humano nos cenários que se modificam diariamente?A gestão do conhecimento e a Inteligência estratégica e competitiva podem trabalhar em conjunto para garantir a proteção, articulação e manutenção dos ativos de uma organização.
Essas estratégias são mais antigas do que podemos imaginar e surgiram a partir do momento que o homem descobriu que, quando um indivíduo possuía um conhecimento crítico sobre algo, ele detinha grande poder sobre aquele contexto.Garantir o poder e o domínio exclusivo sobre aquele conhecimento crítico, que poderíamos chamar de “ o segredo do negócio” acabou sendo cenário de grandes competições, gerando muitas guerras e mortes ao longo dos tempos.
A utilização das diversas estratégias e suas manobras provocaram uma imensa tessitura de redes de comportamentos e relacionamentos que, visando a posse do conhecimento - fosse ele uma fórmula ou informação – tornaram-se prática comum na história do homem justificando esses padrões como necessários para a manutenção da sobrevivência, poder ou status quo de uma nação, grupo ou organização.Estas estratégias de negócios e transações foram aperfeiçoando-se de acordo com a evolução da própria inteligência do homem frente aos recursos disponíveis e sua capacidade criativa.
Observamos que em todos os eventos históricos, a ação humana foi a mais eficaz em detrimento a outros recursos como equipamentos e armas e todas as conquistas sempre tiveram como viés principal as questões relacionadas aos jogos de poder para a sobrevivência pessoal ou da própria espécie. Esses padrões se perpetuam, desde a descoberta do fogo, de drogas para a cura de algum mal, de invenções e permanecem até hoje nas mais novas descobertas neste século.
Por isso, as gestão do conhecimento passa a se tornar a cada dia mais valiosa para uma organização, já que as informações processadas e seguras facilitam muito a tomada de rápidas decisões. Isso é um diferencial competitivo da máxima importância para as negociações, trazendo resultados significativos.Apesar dos cenários modificados ao longo da evolução, a humanidade herdou esses padrões de comportamento e continua encenando os mesmos temas.
O homem continua sendo o grande protagonista da história. Seus pensamentos, sentimentos e atitudes criam a sua realidade. Inserido em um contexto globalizado e de posse de inúmeros recursos e informações começa a ficar evidente a todo indivíduo de que, ele é parte de uma enorme teia de relacionamentos onde as organizações de nome família, trabalho, comunidade e planeta solicitam intervenções urgentes e criativas. Agora, o homem precisa utilizar todo o conhecimento disponível para realizar uma profunda mudança em suas relações. E este conhecimento deve ser compartilhado para a construção de novos saberes e soluções.
Mesmo tratando de pessoas inseridas em um contexto organizacional que possuem princípios que norteiam rotina e condutas, os jogos de poder nas organizações continuam sendo a origem de inúmeros problemas e o impedimento de ações criativas e compartilhadas. O sentido de luta pela sobrevivência, desejo de ascensão e poder ainda são marcantes e por isso mesmo muitos projetos deixam de ser desenvolvidos.
A criação de um ambiente de aprendizagem contínua é fundamental para que os colaboradores, gestores e líderes possam desenvolver novas reflexões e interações práticas que contribuam para o aperfeiçoamento do indivíduo, grupo e organização. A Era da Informação e do conhecimento preconizam uma outra era que deverá ser construída. Nem mesmo os mais visionários se arriscam a afirmar quais serão as novas tendências paradigmáticas para a construção do futuro.
Alguns autores já a descrevem como a Era da Sabedoria e o paradigma desenvolvido deverá ser o “do ser humano integral” ou seja, a busca do ser humano completo: físico, emocional, mental e espiritual em harmonia consigo mesmo, com o próximo e com o meio ambiente.