A oportunidade de ser e fazer diferente
por Débora Evangelista

Algumas situações se repetem ou porque elas precisam de sua atenção para criar ações criativas para transcendê-las ou porque chegou o momento de você deixar de identificar-se com elas querendo resolver assuntos que talvez não sejam tão importantes quanto sua mente considera.  Muitas vezes o excesso de análise e o repertório de interpretações e significados adotados como ideais acabam por privar você de um autoconhecimento muito simples e que pode ser muito libertador. Esta significação em excesso, esta exaustiva tentativa de explicar tudo para acalmar a mente e muitas vezes esconder a dor, pode ser uma artimanha do ego mascarando e tentando manter o controle das situações e das pessoas. A mente precisa estar livre o suficiente para funcionar em equilíbrio e em harmonia com o coração, para que a intuição e todas as forças criadoras possam funcionar para além dos seus pressupostos, para além das regras estipuladas como ideais, para além de todas as vozes que conversam com você ditando o que seja viver bem. O mestre diz que estas vozes são os registros que você acumulou de padrões aprendidos com pais, professores, sacerdotes, terapeutas e sociedade e que ainda o assombram norteando as suas ações e decisões ainda hoje. O grande encontro marcado consigo mesmo tem como prerrogativa a simplicidade, a capacidade de lidar com as dualidades da vida, sentir dor e prazer, êxtase e miséria e ainda assim celebrar a vida. Entender que cada momento é único e as situações se repetem porque a sua mente reconhece a repetição deixando de lado a oportunidade de ser e fazer diferente. Quando as situações repetitivas passarem novamente por você, busque a contemplação e permita que uma energia maior que a situação apresentada pelas circunstâncias e pela sua mente dissolva amorosamente aquilo que você muitas vezes não precisa ou não consegue liberar. Lindo dia!

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