16 de dezembro de 2011

A sombra
por Débora Evangelista


A definição mais clara sobre o significado psicológico do termo “sombra” foi dada por Carl Gustav Jung. Ele disse que a sombra é “aquilo que você não deseja ser”.
A sombra são todos os aspectos negativos que você evita entrar em contato, mas que diariamente o projeta em outras pessoas, nominando estes conteúdos de mal, reprovável ou desagradável no "outro”.
Como já escrevi anteriormente, o ser humano vive na Terra onde tudo se expressa através de polaridades: bem e mau, claro e escuro, yin e yang, dia e noite e muitas outras dualidades.
Reconhecer, integrar e expressar com equilíbrio estas polaridades em si mesmo entendendo que são pólos de uma mesma energia é o primeiro passo para fazer as pazes, abraçar a própria sombra, curar os males, os fantasmas que o assombram através da mente e das fantasias irreais.
Entender o funcionamento da sombra é aceitar que você tem conteúdos primitivos que não desejaria possuir, por não parecem nobres e socialmente aceitos. Durante séculos, a sombra vem sendo tratada sobre a forma do demônio, permitindo que o mau seja projetado para fora e negado na tentativa de se fazer com que o bem prevaleça. 
Ao reconhecer estas parcelas obscuras em si mesmo e entendendo que só se atinge a clareza, a iluminação e o bem viver a partir deste reconhecimento e integração, uma nova humanidade se expressará. 
As energias integradas poderão oferecer maior conhecimento sobre si mesmo o suficiente para entender seu funcionamento e realizar algo para além dela, com força, clareza e maestria.