19 de janeiro de 2012

O triângulo de cada um de nós

Por Débora Evangelista


A forma geométrica do triângulo pode simbolizar diversas coisas e nos levar a fazer muitas analogias extremamente benéficas para o nosso aprendizado em vida. Ela pode mostrar a transcendência das dualidades através da ponta que se eleva e consegue unir as duas outras, o que seria o conhecido “segredo da trindade”. Pode mostrar também como podemos nos deter em relações onde polarizamos o tempo todo em busca de uma solução que nos favoreça e não em busca de uma solução que favoreça o todo a partir da mudança em nós mesmos. A projeção da resolução para um outro lugar, pessoa ou situação pode aliviar a tensão da polaridade. Mas se usado apenas para uma fuga ou uma solução parcial, novos jogos se iniciarão a partir deste recurso paliativo.
O triângulo também pode indicar a forma perfeita, por ser indivisível, representando o indivíduo ou a mônada. Como você poderá perceber, cabe a você qualificar as energias e utilizá-las oitavas acima.  Hoje vou escrever sobre a representação em forma de triângulo de situações que usamos diariamente e que acabam por vetar o nosso poder pessoal.
 

                      Vítima
                                                   

  Agressor                        Salvador


Quem de nós não participou ou ainda participa deste triângulo em alguns setores da vida? Quando vitimado, você pode sentir que foi injustiçado por alguém que passa a ser considerado o algoz, um agressor. Então há uma corrida em busca de cura e alívio na tentativa de encontrar algo ou alguém que represente o seu salvador. O salvador pode ser uma pessoa ou qualquer situação, evento, substância, crença externa que ofereça ajuda e alívio para as dores e mazelas originadas naquilo que você percebeu como agressão. Há grande possibilidade que durante um período você se torne dependente do salvador. Mas pela própria evolução, esta situação será mudada e, quando ele não mais for conveniente, este oásis poderá secar e você poderá entender este fato como uma nova agressão, devido à sua incapacidade de enfrentar conflitos e se responsabilizar pelos próprios atos. O salvador pode então se transformar em sua nova vítima, pois não correspondeu aos seus anseios  então você se tornou o agressor! Todos os papéis sempre se alternarão criando muita confusão. Isto serve apenas para perpetuar as coisas como elas são, permanecendo em uma falso senso de segurança, ficando preso na projeção externa.
Aqui, a lição a ser vivenciada é a de que você não é vítima ou algoz e que o salvador não está do lado de fora. O que existe fora são pessoas, recursos, auxiliares que lhe permitem saber que você tem o poder de escolher, crescer, desenvolver a si mesmo com mais consciência. 
Quem faz escolhas e por isso mesmo sabe como navegar e se garantir nos mares nem sempre calmos da mente e da emoção, é você mesmo!