15 de dezembro de 2011


O ciclo das necessidades
por Débora Evangelista
 Muitas vezes você se pergunta o que acontece com algumas coisas que pareciam ser tão verdadeiras e se desfazem de um momento para o outro, deixando você sem as certezas que alicerçavam tais situações.
O Universo possui um movimento dinâmico, que é o pulsar constante que expande e recolhe, tal qual a sístole e diástole do coração, tal qual o símbolo do Tao, tal como as estações da natureza e tantas outras analogias possíveis de se fazer.
Quando alguma coisa completa seu ciclo de necessidades, ela tende a transformar-se, para que um novo ciclo possa acontecer mais forte, novo, trazendo níveis de evolução e sabedoria.
O apego, o amor, a energia que era movida para construir dá lugar à energia do destruir, ou do final do ciclo. É o velho honrado, celebrado e abençoado dando lugar ao novo que apenas está nascendo, se apresentando a você.  
Muitas vezes você não consegue entender as perdas e as mudanças que são parte do ciclo das necessidades. Claro, você se sente mexido, suas pretensões ou zona de conforto são abaladas, há uma insegurança natural, você encontra-se em mutação, é o marco zero, o esvaziamento necessário para novo preenchimento.
Nestas ocasiões há que se trabalhar muito a fé. Fé em si mesmo e fé no processo de vida. A confiança exigida é a percepção de que quanto mais rápido abrir as mãos e deixar voar o que restou, bem como os resíduos mentais e julgamentos sobre este fato, mais rapidamente as mãos estarão vazias para receber o novo, para começar a construir novas realidades.
Um lembrete oportuno é que não acelere nenhum dos dois processos, mas que passe por eles  com consciência de que dor e prazer sempre estarão presentes em diversas situações em diferentes níveis de compreensão. É  a vida na polaridade, na aprendizagem  continuando seu pulsar criativo.