22 de janeiro de 2009




Contratos e Acordos Emocionais


“Honre apenas os contratos aos quais você acordou”

por: Débora Roberta Evangelista
Em todas as relações estabelecemos regras de convivência. Algumas relações são naturais e parecem não precisar este recurso. Mas todas as relações possuem essas regrinhas e nos ressentimos quando não cumprimos o que consideramos ser a conduta correta ou quando o outro deixa de cumprir algumas condições que prezamos.
Esses contratos acontecem patrocinados pela rotina e são alimentados através das resposta automáticas que passamos a oferecer, devido aos estímulos repetitivos que permeiam a convivência após algum tempo.
É assim em uma família, no casamento, nas amizades e nos negócios. Mas será que criamos e lemos esse acordo juntos? Será que ele pode ser atualizado dentro de nossas atuais necessidades? Será que o acordo é claro e passível de julgamento no caso do não cumprimento das cláusulas? Será que esses acordos emocionais não têm um prazo de validade?
O sábio diz que só podemos honrar os acordos que fomos chamados a firmar junto a todos os envolvidos. Tudo aquilo que herdamos de antepassados, família e relacionamentos que tenham sido combinados secretamente, a partir de deduções, conveniências ou a nossa revelia não deverão ser válidos. Eles foram criados a partir de pressupostos do que seria ideal em uma determinada época. Combinações assim, não permitem plasticidade e evolução nas relações criando fortes angústias, sentimento de opressão dado a obrigatoriedade do cumprimento de algo que nunca foi combinado de verdade, mas foi considerado a partir de um julgamento, a melhor opção.
Acordos firmados a partir de uma situação que sequer foi conversada, são como em um dia frio, dizer que adora usar blusa de lã e então ganhar blusas de lã durante todo o ano como demonstração de carinho e afeto. Aquele que presenteia sente que está fazendo o melhor e o que recebe sente-se frustrado.
Tem muita gente que vive assim a vida toda; profundamente infelizes com seus acordos. Aquilo que deveria ser uma necessidade do momento torna-se enfadonho e repetitivo, impedindo que a energia e a beleza da vida seja manifestada em seus ciclos.