24 de abril de 2018

Obsessão
por Débora Evangelista




O apego a um sentimento ou pensamento de forma atordoada e repetitiva pode ser considerado uma obsessão. A mente elegeu uma situação e quer resolvê-la a toda prova. Os motivos que nutrem esta obsessão podem ser muitos como raiva, mágoa, desespero, injustiça e tantos outros que justificam o litígio. Pode ser também paixão, cobiça, inveja e todos os excessos que a obsessão pode carregar. Algumas vezes, a pessoa pode sentir que existe um obsessor sobre ela, alguém vindo de fora, vivo ou morto, alguém que “encarna” e começa a minar a sua energia. Assim, como um link muito estreito que se faz entre duas forças que se atritam, a obsessão promove verdadeiros estados semelhantes ao que se chama de uma “ida ao inferno”. Primeiro é preciso identificar que se está enredado em uma trama complexa, aos poucos tentar eliminar os excessos que este estado patrocina e buscar tranquilizar a mente. Quebrando o ciclo repetitivo, verbalizando os sentimentos, falando, gritando, fazendo exercícios de catarse, liberando os sentimentos e conteúdos reprimidos pode-se obter muito alívio. Algumas vezes, quando a dificuldade se infiltrou com muita intensidade, será necessária uma ajuda de ordem terapêutica ou até mesmo espiritual. Procure adotar medidas que o auxiliem a quebrar este curto circuito mente -emoção. Como nas doenças, estes sintomas podem ser grandes mestres para liberações cármicas. Estes sintomas o auxiliarão a perceber que algo precisa ser transformado e ressignificado em sua rotina. Abrir mão da razão e contatar o coração é o primeiro passo para se liberar qualquer processo de obsessão. Compaixão e equanimidade sempre! 

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