16 de fevereiro de 2009

Trecho de Livros


A Educação na Nova Era
Alice Bailey


O DESENVOLVIMENTO CULTURAL DA RAÇA
CIVILIZAÇÃO E CULTURA

Muita ênfase tem sido dada hoje ‑ à educação ‑ coorde­nadora, relacional, psicológica, vocacional e aparelhadora. A isto deve ser acrescido o velho método de treinamento da memória e a tentativa, seja de infundir religião na mente de uma criança, ou omiti‑la com resolução e intenção. A educação tem sido primordial­mente competitiva, nacionalista e, por isso mesmo, separatista. Tem preparado a criança para considerar os valores materiais como os de maior importância e para crer que sua nação particular é também da maior importância e que todas as outras nações são secundárias; alimentou o orgulho e encorajou a crença de que ela, seu grupo e sua nação são infinitamente superiores a qualquer outro povo ou outras raças. Foi ensinada, conseqüentemente, a ser uma pessoa unilateral, com seus valores mundiais erradamente ajustados e suas atitudes na vida assinaladas por ambigüidades e preconceito. Os rudimentos das artes lhe são ensinados a fim de capacitá‑la a fun­cionar com a eficiência necessária numa organização competitiva e no seu ambiente particular vocacional. Ler, escrever e ser capaz de somar e resolver a aritmética elementar são considerados como o mínimo requerido; conhecer algo dos acontecimentos passados ‑históricos, geográficos, literários, filosóficos e científicos ‑ são igualmente acrescentados em muitos países e para certa classe de gente. Algo da literatura do mundo é também trazido à sua aten­ção.
O nível geral da informação mundial é alto, mas freqüente­mente dúbito, influenciado pelos preconceitos, quer nacionais, quer religiosos, servindo assim para fazer de um homem um cidadão de seu próprio país, mas não um ser humano de relacionamento mun­dial. A cidadania do mundo não é enfatizada. O ensinamento con­ferido estimula a consciência de massa latente da criança e evoca a memória (racial e individual) por meio da divulgação de fatos ‑ fa­tos não correlatos ‑ a maioria deles não relacionada com a vida cotidiana. Esses fatos poderiam servir (se usados como pensamen­tos‑semente na meditação e tecnicamente empregados) para reco­brar, daquela consciência da raça e da memória racial não apenas a história nacional, mas também a história do passado. Menciono isso para realçar o perigo de tal ênfase excessiva sobre o passado, pois se isso fosse feito em larga escala, resultaria desastroso; atri­buiria um prêmio aos ideais e objetivos nacionais e raciais, e con­duziria rapidamente à cristalização racial e à senilidade ‑ metafori­camente falando. Um exemplo de tentativa nessa direção foi visto levado a cabo na Alemanha, e em menor escala na Itália; culminou no Eixo. Felizmente, pode‑se confiarem que a maré da vida na juventude de qualquer nação sacuda o pensamento da raça numa direção melhor do que a evocação da assim chamada glória passada e a ênfase nas coisas que deveriam ser deixadas para trás.
Gostaria aqui de ampliar um pouco a interpretação das muito usadas palavras (freqüentemente também mai usadas): cultura e civilização. A produção de alguma forma da cultura ‑ material ou espiritual, ou material e espiritual ‑ é o objetivo de toda educação.
A educação é o maior agente no mundo.