18 de outubro de 2011

Intolerância
por Débora Evangelista


O equívoco em estar intolerante é que você pode estar vivendo feito uma bomba relógio prestes a explodir. A má notícia é que esta bomba é ativada pelo outro. Ao tornar-se intolerante você concede poder ao outro, colocando os seus estados de ânimo, os seus humores nas mãos do externo, permitindo que atitudes, palavras e situações que não são verdadeiramente suas, o incomodem a ponto de sentir-se desequilibrado e indignado.
No calor da intolerância você sente-se tão separado de si mesmo que busca a conciliação, usando a sua energia em forma ou de paciência ou de agressão. Ambas não resolvem porque o seu desejo de conquista ainda é intenso.
Entender o tempo e a natureza do outro e praticar apenas a empatia, poderá trazer resultados eficazes a este estado mental. Não há nada a ser conciliado, apenas as suas intenções.
Entender que não se pode contar com alguém, entender as diferenças, entender que você nada tem haver com a vida do outro e que o outro não nasceu para atender apenas aos seus anseios ou ler na sua cartilha pode ser um bom começo.
A intolerância vem do desejo de possuir o outro, de fazer apenas a sua própria idéia ser a correta, de não ver seus planos satisfeitos por falta de feed back positivo, por incapacidade em dar tempo ao tempo.
Aqui, convida-se também a impaciência para juntar-se a esta briga insolúvel onde o foco é querer mudar as situações e pessoas no seu tempo.
Acerte o seu relógio interno e assuma o comando de sua vida. Você é o personagem, o autor, o ator e o filme. Seja hoje mesmo o protagonista de sua história, trabalhe a maestria sobre seus humores e relações.
Seja feliz apesar de... e a vida oferecerá a harmonia que você teima querer realizar com suas próprias mãos.