28 de novembro de 2008

Faça as pazes com o tempo



por: Débora Roberta Evangelista
Na correria do dia a dia, a falta de tempo acaba servindo de desculpa para tudo. Mas será que o Universo em sua sabedoria infinita teria se enganado em relação aos números de horas que necessitamos no dia? Será que nós perdemos a capacidade de fluir a tempo afim realizarmos nossos compromissos?
  • Dica floral: Impatiens do Dr Bach. Essa essência colocará as exigências e emergências em seus devidos lugares.

  • Dica corporal: pare e inspire profundamente, soltando o ar entoando a vogal "a" deixando a ansiedade sair junto deste ar. Entrando em contato com seu corpo pergunte-se: Isso realmente é necessário? Preciso fazer isso hoje? Para quem estou fazendo isso e porquê?

  • Dica zen: leia o artigo abaixo e descubra como o mestre conseguiu fazer chover, mudando as condições do tempo externo através da atenção interna. Você também pode!
O Mestre da Chuva

Carl Jung, o principal aluno de Sigmund Freud no campo da psicanálise, costumava contar esta história ao falar do poder dos milagres:

“Um vilarejo enfrentava uma seca há cinco anos seguidos. Muitos mestres da chuva de renome haviam sido chamados, mas nenhum deles conseguia fazer chover. Na última tentativa, os moradores chamaram um famoso Mestre da Chuva de muito longe. Quando chegou ao vilarejo, ele montou uma tenda e lá ficou por quatro dias. No quinto, a chuva começou a cair e saciou a sede da terra árida. Os moradores perguntaram ao Mestre da Chuva como ele realizara tal milagre.
O Mestre respondeu: "Eu não fiz nada".
Estarrecidos com a resposta , os aldeões disseram: " Mas como? Quatro dias depois que você chegou começou a chover.".
O Mestre da Chuva explicou: " A primeira coisa que notei quando cheguei aqui foi que tudo nesta aldeia estava em desarmonia com o céu. Por isso fiquei quatro dias harmonizando- me com o sagrado. Então veio a chuva".


Faça menos e conquiste mais


Quando o Mestre da Chuva chegou à aldeia, a seca era grave e catastrófica. Se ele fosse como eu ou você, logo estaria bastante ocupado: conversaria com os aldeões para descobrir o histórico dos padrões pluviométricos e montaria um altar sagrado onde rezar pela chuva - mas ele não se ocupou com nada.
A palavra chinesa para "ocupado" tem duas partes. Uma parte simboliza o coração humano, a outra representa a morte. O significado que se pode inferir é que quando uma pessoa está excessivamente ocupada, seu coração está morto. Em nossa sociedade entretanto, todos louvam as virtudes de se estar atarefado. Quando as pessoas lhe perguntam" você está ocupado?", você provavelmente responde:" Sim, estou muito ocupado, não tenho tempo para conversar". Você nunca dirá "Não, não tenho nada para fazer", mesmo que isso seja verdade. Associamos o fato de se estar atarefado ao sucesso; só as pessoas não-tão-bem sucedidas não estão ocupadas.

Na verdade, descobrimos que há muitas pessoas ocupadas, no entanto, não estão indo a lugar algum. Estar "ocupado" nem sempre é uma virtude; muitas vezes significa que o coração está sendo deixado de lado.
O objetivo do nosso Mestre de Chuva é fazer chover, não montar um espetáculo. Ele não precisa fingir que está atarefado para impressionar ninguém. A fim de dar origem ao resultado que deseja, ele faz muito pouca coisa - instala-se em uma tenda e passa gradualmente à meditação. Ao fazer muito pouco, ao acolher a tranquilidade, ele gera um estado de harmonia dentro de si que se espalha por toda a aldeia. Fazendo menos, o Mestre conquista mais.
Um dos princípios ensinados na hatha ioga, o sistema indiano de posições corporais, consiste em permitir que o corpo relaxe em um determinado alongamento ioga em vez de forçá-lo a ficar na posição desejada. Se você estiver ansioso para se esticar ao máximo e forçar seu corpo na posição, ele inevitavelmente resistirá.
Quando se está receptivo e relaxado, trabalhando sem esforço, sem tentar chegar a um determinado lugar, o corpo se abre naturalmente e permite se mover devagar até um alongamento profundo e completo. Nossas atitudes frente ao sucesso e á conquista de símbolos de realização funcionam de maneira bem semelhante.

Bibliografia :

- Faça menos e Conquiste mais - descubra o poder completo da complacência - Chin-Ning Chu -Editora Rocco

Céu e Terra




Plutão em Capricórnio
E eu com isso?

por Débora Roberta Evagelista

Ontem, o signo de Sagitário despediu-se do planeta Plutão que transitou em sua casa durante 13 anos. Foi uma visita que deixou muita coisa bagunçada, muita transformação acontecida repentinamente, mas muitos ganhos na história de vida de cada um de nós. Um novo cenário descortinou-se e com ele, nossa vida, nosso comportamento e valores sofreram mudanças radicais.
Se você conhece algum nativo do signo de Sagitário pergunte a ele como foram os últimos treze anos de sua vida e ele com certeza lhe responderá: uma loucura!
Porém as mudanças não foram apenas para os sagitarianos. Como comentei anteriormente, todos temos as energias dos doze signos em nosso mapa astrológico e sofremos suas influências.
Todas essas energias celestes, representadas através do simbolismo astrológico marcam os acontecimentos terrestres. São ciclos que retornam para serem atualizados, vividos de uma outra forma.
Portanto, a boa notícia é que teremos outra forte mudança de cenário mundial e para aqueles que sabem que estamos em um processo de evolução pessoal e coletiva, o aprendizado será mais fácil. Afinal, caminhamos construindo novas realidades, iniciando um novo ciclo de acontecimentos e experiências e isso é maravilhoso!
Para aqueles que ainda não perceberam que também fazem parte do mundo e que precisam oferecer sua colaboração criativa... para estes a notícia pode pegá-los de surpresa.
Plutão vai trabalhar em cima de limitações, cristalizações, convenções e tradições.
Ele trará à tona algumas perguntas muito importantes: O que você quer realizar? Qual a sua missão? O que deve ser transformado para que isso aconteça? Do que você deve abrir mão? Como você vive em ambientes e com recursos diferentes daqueles a que você está acostumado?
Agora que Plutão mudou-se e foi visitar uma outra casa - que é o signo de Capricórnio - desta vez sua energia agirá abalando as estruturas quebrando toda e qualquer rigidez que a energia simbolizada por capricórnio possa veicular.
As porcelanas dos ancestrais poderão ser quebradas só com o tremor da chegada deste signo na casa de capricórnio, e junto delas, as conveniências também serão abaladas. A verdade aparecererá a qualquer custo, principlamente aquelas que perpetuamos para manter nosso status quo.
O que todos nós, como humanidade e como indivíduos deveremos fazer?
Preparar-nos as mudanças sociais que chegarão de uma maneira muito forte, trazendo para os menos avisados as energias do medo, limitação e controle.
Mas porque chegariam essas sensações negativas?
Porque as mudanças efetivas - como o remédio amargo que tomamos no período do Sol em Escorpião - serão mais fortes e o fato de termos que buscar soluções diferentes das adotadas até então poderão trazer o medo e toda uma série de sensações que acontecem em situações de estresse e mudanças.
Porém como todo trânsito planetário, se houver a conscientização de que cada um deverá encontrar a sua verdade interior e participar destas mudanças com compreensão, colaborando com o processo através das energias do amor e da boa vontade, então todo o sentimento de limitação poderá ser usado como justa medida para planejar e construir somente aquilo que seja significativo para o bem da espécie e do planeta.
No mais, prolongarmos o tema seria discutir e praticar futurologia, o que não seria o caso.
Este aspecto planetário ficará em vigor até o ano de 2023, o que significa que aprendizado será longo e teremos muito o que aprender com as situações que se apresentarão e que trarão boas surpresas e soluções para nossa humanidade. Boa sorte a todos!