29 de agosto de 2016

Autoconhecimento
por Débora Evangelista



Uma das primeiras coisas que o trabalho de autoconhecimento exige é que você se conheça o suficiente para entrar em contato com aquilo que não funciona em você, com as mazelas, com as questões escondidas, com as dissonâncias, com as incoerências, com a sua suscetibilidade. Não pode haver um verdadeiro autoconhecimento se você esconder, camuflar, negar a sua sombra, aquelas pequenezas que ficam alojadas no porão, escondidas até de você mesmo. Sem trazer estes conteúdos à luz, sem entender as motivações que o fazem adotar determinadas atitudes, não haverá uma busca justa. A transparência começa a partir de si mesmo e ela não está relacionada a ser espiritual, meditativo ou mediúnico. A transparência é fruto de um trabalho firme sobre o caráter, um embate constante para a integração e transmutação da sombra em luz. E será o conhecimento sobre si mesmo e sobre os outros e o mundo quem será o seu grande mestre nesta jornada, para que você seja suficientemente corajoso e verdadeiro consigo mesmo e em suas relações com o mundo, usando o conhecimento para navegar nas águas da ignorância, naquilo que sua personalidade ainda ignora prendendo você ao sofrimento. A passagem do irreal e da ilusão para a consciência acontece no silêncio, na prece, no amor, na sabedoria e na vontade despretensiosa de transformar chumbo em ouro. Lindo dia!

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