2 de fevereiro de 2011

Seja você mesmo

Desvendando o comportamento aprendido
por: Débora Roberta Evangelista

Os antigos xamãs do México ensinavam que todos nascemos com um sonho pessoal e com o tempo passamos a sonhar o sonho do mundo, um sonho coletivo que recebemos como herança vinda das influências dos pais, do meio ambiente, da sociedade através de uma educação que perpetua o comportamento aprendido.
Como nossos comportamentos validam nosso desempenho, pois somos avaliados a partir do julgamento dos outros, trazemos desde a infância o hábito de agir a partir do que consideramos ser aceitável pela sociedade, família ou instituição a que estamos filiados.
Consideramos que a energia que necessitamos para sobreviver depende unicamente da aceitação das regras compartilhadas por esses grupos. Ao nascer perdemos o vínculo com a nossa verdadeira e essência e passamos a nos relacionar com o meio, sendo alimentados, amados e supridos nas relações horizontalizadas.
Claro que a experiência de viver tais relacionamentos é muito importante para nossa evolução. É sempre o outro quem nos espelha e nos oferece lições preciosas para o crescimento.
Mas quando deixamos que a importância do outro sobrepuje nossa essência e espontaneidade, quando deixamos de sonhar e de usar nossos potenciais apenas para sermos aceitos, admitidos e recompensados, então inicia-se um grande desequilíbrio pois perdemos o nosso poder pessoal, a nossa capacidade de fazer escolhas, de sonhar e viver a nossa missão.
O desequilíbrio acontece a princípio de forma inconsciente e com o tempo, se não reconhecido o equívoco e retomado o caminho para desenvolver a missão pessoal, essa energia não compartilhada e portanto estagnada, pode originar problemas como o estresse e doenças diagnosticadas pela medicina.
O equilíbrio entre as exigências do dia a dia na luta pela sobrevivência e a verdade interior que cada um traz dentro de si são a base da saúde física, emocional,mental e espiritual.
Quando aprendemos a transformar as condições de nossa vida a partir de dentro, a partir da verdade interior, grande felicidade é encontrada, pois o caminho da evolução pelo amor é retomado e assumido.

























Hoje é dia de Yemanjá. Mãe divina. 
Que ela nos abençoe estendendo seu manto azul sobre todos nós.
Salve! 


Escritos por Débora


Nesta manhã em que a inércia
Parece querer ficar por aqui
Tenho que mobilizar todo meu presente
Para poder fazer girar a roda
Que parece querer emperrar


Então peço auxílio à música
Faço um exílio na leitura
Peço aos céus uma ajuda
Para que a imobilidade
Que pode trazer teias de dúvidas
Não faça morada por aqui


Nas paragens das memórias emocionais
Nas paragens das coisas do passado
Que de vez em quando insinua em repetir


E então chega a constatação
De que são as sensações
Aparecendo mais uma vez
Para eu me tornar consciente do presente
E delas me despedir


Grata a música, ao incenso, ao livro
E a qualquer coisa que me traga
De volta para o aqui.


Débora
09:53 horas
15.07.03
In wonder faixa 11
fábrica