30 de março de 2011

Neutralidade


Por Débora Evangelista

Sempre ouço algumas pessoas orgulhosamente dizer que são invejadas. Muitas delas não conseguem entender que qualquer energia que venha a lhes fazer bem ou mal, primeiramente, foi decodificada por elas mesmas através da atenção. Quando prestamos atenção em alguma coisa, imediatamente isto se manifesta em nosso mundo, atraindo a experiência a fim de liberar e criar condições opostas àquela energia considerada nefasta, incômoda ou até mesmo atraente.
Podemos perceber que, devido aos modelos mentais, algumas pessoas que observam uma mesma situação  se comovem, e outras sequer percebem o ocorrido. Concluímos então que as que percebem, estão mais aptas a obter o aprendizado relacionado. O que não significa que as outras esteja em ok, muitas vezes ainda estão inconscientes sobre aquilo, vivendo outros tipos de aprendizagem.
O aprendizado acontece no sentido de saber como neutralizar as energias consideradas “negativas”, criando novos cenários a partir de respostas criativas e não reativas, onde determinadas fatalidades ou situações desagradáveis não serão mais necessárias para fins evolutivos. Aprende-se neste caso que, ao usar o outro polo, o “positivo” conquista-se a neutralidade através do caminho do meio, entendendo que positivo e negativo são a mesma energia em polos opostos. Aqui reside o significado de quando o Mestre Jesus, o Cristo (Jeoshua Ben Pandira) diz sobre "dar a outra face".
Ao aceitar o aprendizado, deixamos de evoluir pelo medo para aprender a evoluir pelo amor. Quando deixa-se de temer o mal no outro, começamos a nos responsabilizar por parte do que acontece em nosso entorno.
A pergunta que devemos nos fazer é sobre como e o que estamos buscando em determinadas situações. Quais são as nossas reais intenções? O que queremos tanto ganhar, que perder nos causa irritação? Porque ser invejado pode mostrar o quanto eu sou importante? Preciso me proteger do outro ou de mim mesmo?
Se a intenção estiver bem clara, mais da metade dos bons resultados estarão garantidos em todas as relações e formas de energia. Claro, que isso não garante que os bons resultados sejam aqueles que você deseja, mas sim aqueles que são lhe são devidos. A Lei Divina é justa e perfeita e cabe a cada um de nós integrar-se ao seu Eu Divino, a seu Deus interno, a fim de intuir e entender os movimentos e aprendizados a que somos chamados e submetidos, mesmo aqueles que são difíceis e aparentemente injustos.