15 de dezembro de 2016

Ciúmes e apreço
Por Debora Evangelista




Nem sempre os ciúmes significam apreço. Eles podem significar que alguma parte de seu ser não está sendo nutrido como o seu ego desejaria e que a sua capacidade de amar e de se relacionar naturalmente e sem reservas pode estar seriamente comprometida. O núcleo do Ser necessita de experiências onde os atos de dar e receber sejam  espontâneos e fluam sem controle ou exigências. Quando a troca deixa de fluir de forma espontânea, seja por um excesso de controle, dúvidas e ausência de feed back, então os ciúmes podem aparecer como um alerta de que algo precisa ser transformado. Este transformar pode significar olhar para si mesmo e avaliar aonde está o “sentimento de falta”, sem tentar advogar a seu favor como uma forma de preservar e justificar o sentimento de ciúme. Algumas vezes a constatação de que o relacionamento está nutrido apenas unilateralmente pode significar que você está tentando preservar algo que reflete apenas o seu desejo de exclusividade em níveis muitas vezes impossíveis do outro corresponder. Também pode significar que o compartilhar não está realmente satisfatório ou mesmo que o sentimento está se esgotando e você não sabe o que fazer com esta realidade. A possibilidade de perda do ser amado ou do objeto de desejo causa muita dor e medo. Não permita que o desejo de posse se sobreponha ao amor. Para tanto há que permitir um fluir para além das inquietações e manipulações do ego dos envolvidos buscando a saúde no relacionamento. O mestre ensina que saúde é enaltecer e nutrir o que existe de bom e belo na relação, é olhar para aquilo que une e agrega e não apenas para o que falta. A crença de que o reconhecimento, o amor e a saciedade vêm apenas pela aprovação e dedicação que o outro lhe oferece é comum e muito equivocada. O mundo em que você vive é todo interligado e nutrido por uma energia Fonte que tudo cria, cura, provê e transforma. Você é nutrido e incondicionalmente amado por esta energia que transcende a posse ou a forma nos relacionamentos interpessoais. Reconhecer esta unicidade significa fluir em harmonia com o Todo, estabelecendo trocas significativas, consciente de suas decisões, repleto de estima por si mesmo e livre das amarras que o apego e os ciúmes reservam como uma árdua lição sobre liberdade e compromisso. Esta lição, quando assimilada, permite que você estabeleça contatos ou relacionamentos com um outro alguém na dimensão do agora, onde o foco é honrar o que o outro pode oferecer no relacionamento e não naquilo que poderia satisfazer as suas pequenas necessidades. Amar é fazer feliz! Lindo dia! 

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