29 de janeiro de 2016

O valor do opositor
por Debora Evangelista




A agressividade vem da tentativa de preservar o próprio espaço e as próprias ideias a qualquer custo. Esta contenda territorial tem sua origem na energia do medo e não na energia do amor. Quando a mente se deixa nortear pelos pressupostos de luta por sobrevivência, o ego oferece as melhores justificativas para defender-se. O mestre diz que todo ataque é um pedido de amor, mas nem sempre você tem isto claro quando a emoção passional deixa tudo vermelho e você quer se defender do mundo tentando conquistá-lo por meio de conflitos e força desnecessários. Quando você aprende a lei que enuncia que "onde não há resistência, não há oposição", deixa de resistir aos acontecimentos com a flexibilidade e a fluidez que não encontram mais nenhum obstáculo. Quando você resiste, automaticamente cria um opositor e começa a lutar com esta energia entregando-se ao medo e precisando proteger-se. Se você entrega e confia, então o opositor não existe como perigo e, todos os movimentos fluem em complementaridade. No chamado bom combate das lutas marciais que foram criadas para mostrar que a paz pode ser mantida no conflito entre as polaridades, é necessário reconhecer o valor do opositor. Ele é a antítese, é aquele que questiona se você está seguro em sua posição, ele é um árduo mestre que colabora para o seu autoconhecimento. Se você estiver ciente de que ambos são parte de um grande Todo e que representam manifestações polarizadas de uma mesma energia, então algo de muito interessante poderá acontecer. Você perceberá que o grande opositor sempre foi a sua mente. Gire a cintura, mude de direção e perceba que aquilo que parecia ser importante, dissolveu-se em um movimento. Um lindo dia!

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