O ser compassivo que habita dentro de você quer expressar-se, mas você muitas vezes teme as críticas por comportar-se assim. Afinal, demonstrar compaixão sugere vulnerabilidade, sugere ser amoroso.
Compartilhamos uma crença coletiva, sobre a competição e sobre como devem ser as relações, que resta-nos muito pouco tempo para os olhares e atos compassivos.
Um ato compassivo é simplesmente compreender com amor o momento de outra pessoa, alguma situação que necessita de atenção e carinho. Esse ato compassivo é uma trégua nos julgamentos, é uma aproximação do mundo do outro, é um contato íntimo com a nossa humanidade e com o sofrimento alheio.
Ter compaixão é poder ver com os olhos de uma mãe carinhosa percebendo o outro como um ser humano digno de estar aqui, digno de ser amado.
No movimento intenso a que nos submetemos no dia a dia, sobra pouco tempo para entrar em contato com o silêncio, serenar a mente e escutar o coração. Escutar o nosso coração e o do outro. Mas em meio a tanta agitação, vez ou outra, uma boa alma se lembra que é preciso compreender com amor, que é preciso estender-se para além de si mesmo. Este momento é um momento mágico e raro, pois é um presente, que nos é oferecido através deste compartilhar. O ato compassivo traz uma energia de retorno, que é a consciência de que, ao expressar a compaixão a outrem, finalmente se consegue ser compassivo consigo mesmo.
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