13 de maio de 2016

Vida que segue
Por Débora Evangelista


Em tempos de litígios pessoais existem algumas escolhas de ordem interna que podem nortear e facilitar as questões para que um próximo passo possa ser dado para além dos conflitos. É importante tornar-se impessoal, entendendo que apenas o assunto em questão deve ser tratado e não toda a ordem de emoções envolvidas, sejam elas justificadas ou não. Depois, deve ser necessário estar disposto a abrir mão do conflito em troca de paz e fluidez. Lutar por cem por cento de razão é liquidar as possibilidades de estar em harmonia com as leis cósmicas, é querer menosprezar a experiência que foi oferecida como lei de causa e efeito. Outro ponto importante no processo é situar-se no contexto histórico atual, evitando buscar razões em um espaço de tempo que não existe mais. Mesmo que você se considere muito certo, abra um espaço para que haja a possibilidade de ter havido um equívoco, um erro de comunicação ou interpretação também de sua parte. E ainda assim, quando tudo parecer bem resolvido, apresse o seu passo e esteja disposto a desapegar-se do ocorrido e seguir olhando para o que vem depois, evitando memórias que possam causar confusões. Trate de caminhar para os novos cenários. Justamente abarcando o tempo perfeito, a oportunidade do agora, que o mestre ensina dizendo “ É daqui para frente”. Litígios são árduas lições sobre polaridade excedida, são resgates cármicos que precisam de muita ponderação e boa vontade para serem dissolvidos. Nem sempre se resolve litígios com a mesma consciência que os iniciou. Após a liberação, grande paz pode ser desfrutada e como se costuma dizer, é vida que segue. Lindo dia!

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