23 de outubro de 2015

 As águas turbulentas de Escorpião
por Débora Evangelista



O período pede transformações, mas não aquelas que você aponta como necessárias para o outro, para a sociedade, familiares ou colegas de trabalho. A transformação requerida é interna, intransferível, urgente e não projetável em nada que seja externo. Ela começa dentro de si quando consegue entender a inutilidade de alguns pressupostos que você insiste em preservar como um culto insano para satisfazer uma personalidade que evolui em ciclos dolorosos e repetitivos. Quando você permite que este olhar, que esta transformação seja primeiro para si mesmo, começa a deixar ir aquilo que definitivamente o impede de entrar em contato com a essência. Então, algo realmente muito interessante e profundo começa a acontecer. O seu eu, a essência, o Buda dourado, o Cristo interno, o ser desperto, começa a apontar. A presença começa naturalmente a diluir tudo aquilo que não é verdadeiro, nas águas turbulentas deste período que é simbolizado pelo Sol que inicia seu trânsito no signo de Escorpião. Aqui, não se trata de algo amedrontador, apoteótico, fenomênico ou pessoal, mas o reconhecimento de que tudo está o tempo todo ao alcance de suas mãos, basta deixá-las vazias de significados que já se foram. Basta apenas ousar retirar o espesso véu que impede esta visão. Estar receptivo para aquilo que vibra constantemente e que está além de seus conceitos pré-estabelecidos e da visão estreita sobre como as coisas devem ser é libertador, transcende as formas ultrapassadas. Liberte-se, abandone todas as pretensões e esteja aberto às inúmeras surpresas e presentes que a vida lhe oferece. Lindo período!  

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