4 de maio de 2015

Águas passadas
Por Débora Evangelista





Importante observar o passar do tempo, o avanço da consciência e o deixar ir dos ciclos finalizados. Compete a você encarar de vez aquilo que não serve mais à sua verdade, aquelas cenas que seus olhos se cansaram de rever. Não há mal algum em agir assim, saindo delicadamente das situações rotas, rasgadas, desagradáveis, repetitivas, tediosas. Enquanto você observa este acontecer, vai concebendo aquilo que quer para você e neste querer não há mal algum, não se fere ninguém. Há apenas um prosseguir surgido do vazio e do silêncio. De repente o cenário esvaziou por simplesmente não ser mais possível sustentar as coisas que já foram boas, mas não são mais, não ficaram para sempre, já foram por demais consertadas e transmutadas. Quando as circunstâncias lhe parecerem assim, tão ultrapassadas, tão impossíveis de serem novamente vivenciadas, quando a falta de significado chegar até a raiz, o inevitável fim ocorreu, mais uma etapa da vida foi vencida, redimida, deixada para trás. Águas passadas, importâncias devidas, passados honrados, conclusões devidas. Correr a vida em novo fluir, abraçar o eterno agora e emergir renovado e feliz. Uma linda semana!

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