27 de março de 2009

Trechos de Livros





As Quatro Ignorâncias de um Amante
Pe. Antônio Vieira ( 1630).

A Primeira Ignorância de um Amante : Não conhecer a si mesmo.
Quando não conhecemos a nós mesmos entramos no estado de identificação e projeção com a outra pessoa. Projetamos no outro aspectos nossos. Não sabemos olhar para dentro e reconhecer os próprios erros, as próprias dificuldades então dizemos que o outro é terrível. Criamos uma lista de culpados pela nossa própria insatisfação.
Conhecer a si mesmo também é estar em contato com nosso Eu Superior, a parte Divina em nós, que sabe dar limites, que sabe perdoar, que não aceita o que é inaceitável. E que ama profundamente, a si mesmo e ao outro.

A Segunda Ignorância de um Amante: Não conhecer a quem se ama.

Quando não conhecemos a essência da outra pessoa criamos expectativas, destruímos a comunicação saudável, acusamos erroneamente o outro, enfim criamos confusão, ilusão e mal entendidos. Queremos que ela nos dê o que ela não pode nos dar, queremos que ela seja perfeita, imaculada, iluminada.
Mas todos temos lados positivos e negativos, não?

A Terceira Ignorância de um Amante: Não conhecer o Amor.
O Amor é um sentimento que une, que engloba, que junta. E ele começa trazendo as nossas partes obscuras à consciência. Integrar nossa sombra e transformá-la em Luz é uma obra do Amor. Somente este sentimento tem a capacidade de fazer isto. O Amor coloca a mão na lama porque sabe que quando erguemos as mãos para o céu a lama é transmutada. Sendo assim é possível curar feridas, amenizar o cansaço existencial, suavizar emoções pesadas.
Estar em estado de amor significa também aceitar e curar nossos lados sombrios e os lados sombrios da outra pessoa. Porque todos temos um inconsciente repleto de medos, de traumas.... E o Amor sabe disso.
Quando duas pessoas inteiras estão harmonizadas, no caminho, se trabalhando e essas pessoas se relacionam, se amam, com certeza elas estarão gerando muita Luz para o mundo.

A Quarta Ignorância de um Amante: Não saber a hora de parar, mesmo amando.
Quem ama sabe que as coisas mudam, e que há momentos em que é melhor jogar tudo para o vento. O Desapego é necessário. Afinal o que realmente levamos conosco quando morremos? O Amor.
O Desapego é uma grande lição. Ele nos mostra o caminho da aceitação do que É. Ele diminui a nossa necessidade de estarmos sempre certos. Ele nos mostra que a vida nem sempre é do jeito que a gente gostaria que ela fosse e ao aceitar este fato crescemos espiritualmente.

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