A Lei do Karma
Ação e Reação
por: Débora Roberta Evangelista
A lei do karma costuma ser relacionada a alguma religião que tem como base de pensamento a reencarnação como forma de aprendizagem, expiação e evolução.
Esse pensamento baseia-na na idéia de que nascemos, vivemos, contraímos méritos e deméritos nesta aprendizagem e por conseguinte, temos uma continuidade desta consciência em uma outra vida, onde retornaremos para novos aprendizados e para uma revisão e atualização sobre os pontos em que não atingimos a ação correta.
Vamos ver o que a Wikipédia nos aponta como significado para a palavra “karma”:
Carma ou karma (do sânscrito कर्म, transl. Karmam, e em pali, Kamma, "ação") é um termo de uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pela Teosofia, pelo espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age, para expressar um conjunto de ações dos homens e suas consequências. Este termo, na física, é equivalente a lei: "Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário". Neste caso, para toda ação tomada pelo Homem ele pode esperar uma reação. Se praticou o mal então receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou o bem então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado. Dependendo da doutrina e dos dogmas da religião discutida, este termo pode parecer diferente, porém sua essência sempre foca as ações e suas consequências.
Independente da crença que se tenha em uma outra vida, é importante observar que a lei de ação e reação é aplicada na física e que ela existe para ser utilizada independente das crenças reencarnacionistas. Se cada um de nós puder utilizar-se positivamente deste princípio, os benefícios serão inúmeros no aqui e agora.
A lei de ação e reação, nos auxilia na aprendizagem em como qualificar as energias que recebemos e dispensamos. Isso acontece através do uso da consciência de nossas ações e de quais as suas consequências no dia a dia, fatos que influenciam a nós como indivíduos e também o coletivo.
Pense por exemplo na consciência ecológica, nas questões ambientais. O meio ambiente talvez seja o único meio que pode unir pacificamente a religião e a ciência, mostrando que elas são absolutamente complementares, assim como o são o espírito e a matéria.
Quando vemos as catástrofes ambientais, logo percebemos que elas são consequências de atos passados - onde havia uma falta de consciência em relação a determinadas práticas que na época eram consideradas normais – não havia questionamento sobre desmatamento, sobre lixo e poluentes, sobre os mananciais de água.
O que temos recebido como retorno destas ações deve agora rapidamente ser conscientizado e novas ações criativas realizadas para sanar os problemas e obter novos recursos frente a essa realidade.
Se fizermos uma reflexão sobre a conduta de nossos antepassados e o quanto precisamos mudar a nossa consciência para manter o planeta habitável para as futuras gerações, estaremos usando a mesma analogia do pensamento reencarnacionista sobre vidas passadas e uma próxima vida - partindo do pressuposto de que recebemos uma herança do passado e temos que transformá-la no presente para que hajam condições de vida no futuro.
As religiões desenvolveram-se ao longo da história para que os homens pudessem se reconectar à Divindade, ao seu Deus Interno. Cada uma delas foi criada a partir de uma visão, experiência e necessidade coletiva, cada uma delas para um grupo de pessoas de determinadas épocas, características e necessidades.
O objetivo de todas sempre foi e continuará sendo fazer o processo de re-ligare, afim que todos os homens se unam a Deus e concluam a Obra Divina na face da Terra. Quando entendermos que o princípio crístico somente pode unir e não separar os homens, então as facções, inclusive as religiosas, declinarão. E todos poderemos então ter a unicidade dentro da diversidade com o respeito pela idéia e diferenças de cada um de nós.
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